Trabalho escravo

Postado por Vanessa Rodriguesem 1 de Março de 2010
trabescravo

Foto: Leonardo Sakamoto-Repórter Brasil/Divulgação

Comem ração de animal, dormem ao relento, são torturados, cortam-lhes os dedos, matam-nos e estão sempre a dever a quem os contratou. Conhecem bem a cor do sangue, esquecem-se que a água não tem cor e habituam-se a bebê-la amarela, terrosa, contaminada. Não são nada, não são gente. Até chegam a pensar que tudo isso faz sentido, neste século, neste agora, num Brasil de contrastes.

A Amazónia tem mais de metade dos casos de trabalho escravo no Brasil. Dos 164 casos enumerados, recentemente, pelo ministério do trabalho brasileiro, 100 deles (61%) ocorreram em estados que pertencem à Amazónia Legal.

O local com mais problemas é o Pará (46 casos), seguido do Maranhão (22 casos) – ambos da Amazónia – e Mato Grosso do Sul (18 casos).

Segundo pesquisa da ONG Repórter Brasil, especializada no combate ao trabalho escravo, quase todos os casos ocorridos na Amazónia estão ligados à criação de gado ou à produção de carvão vegetal. Essas actividades são, aliás,  as principais responsáveis pelo desmatamento da região.

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Trabalho Escravo

Postado por Vanessa Rodriguesem 21 de Setembro de 2009

Libertação de escravos na fazenda Cabaceiras, em Marabá, no Pará. Vivem em condições miseráveis, dormem e tomam banho com os animais, comem ração estragada, bebem água contaminada, estão presos, não recebem salário porque estão sempre “em dívida” para com o “dono”.
Esta é uma dura realidade que ainda sai das entranhas de vários estados do Brasil. Na Amazónia, “terra sem lei” – que já ouvimos da boca de várias pessoas daqui, essa é ainda uma prática quotidiana. Só esta semana o Ministério do Trabalho libertou 11, numa fazenda dos arredores de Marabá.
O site “Repórter Brasil” tem feito um exemplar trabalho de investigação jornalística sobre esses e outros temas que contaminam e aprisionam a Amazónia.

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