Lendas, Amazonas

Postado por Vanessa Rodrigues em 28 de Novembro de 2009

amazonas01Há controvérsias sobre quem realmente terá visto, pela primeira vez as guerreiras Amazonas, uma tribo de mulheres que habitava o Rio Amazonas,  então apelidado de “mar dulce”, por exploradores espanhóis. Há historiadores que afirmam que o navegador espanhol Orellana não combateu as Amazonas, como se conta recorrentemente, mas sim uma tribo de índios de cabelos compridos, auxiliados, na guerra pelas mulheres.

Frei Gaspar de Carvajal, que participou da expedição de Orellana, dá testemunho da existência dessas mulheres guerreiras. Esses relatos gaanham força na voz dos índios que descrevem a existência de uma tribo de mulheres guerreiras. Segundo se lê no “Portal da Amazônia”, os índios não falavam em “Amazonas”, até porque “não sabiam o que significava”.

Os índios falavam, sim, em Icamiabas, que significa “mulheres sem maridos”. As Icamiabas viviam no interior da região do Rio Nhamundá, sozinhas. Ali, eram regidas por leis próprias. A região era denominada por estes aventureiros de País das Pedras Verdes e era guardada por diversas tribos de índios, das quais a mais próxima das Icamiabas era a dos Guacaris.

De acordo dom pesquisas do folclorista Alceu Maynard Araújo, nesse Reino das Pedras Verdes, realmente, viviam em comunidade as Amazonas, mulheres guerreiras e trabalhadoras: caçavam, pescavam, faziam cerâmica, redes, tecidos; trabalhavam na roça, faziam armas.

A liderança dessa tribo estava a cargo de uma única mulher, que tinha também a responsabilidade religiosa. O reinado dessa líder era curto: só as virgens enter os 20 e os 25 anos poderiam disputar a liderança das Amazonas.

A cada cinco luas cheias, no mês de Abril (ou seja um período de 5 anos) haveria renovação na chefia da tribo.

Mas por que razão, esse lugar, se chamava Reino das Pedras Verdes? Porque era justamente daí que se originavam os muiraquitãs, as famosas pedras verdes… Dizia-se que as Icamiabas realizavam uma festa anual dedicada à lua e durante a qual recebiam os índios Guacaris, com os quais se acasalavam.

Depois do acasalamento, mergulhavam num lago chamado Iaci-uaruá (Espelho da Lua) e iam buscar, no fundo, a matéria-prima com que moldavam os muiraquitãs. Então presenteavam os companheiros com os quais tinham feito amor… Os que recebiam, usavam orgulhosamente pendurados ao pescoço. No ano seguinte, na realização da festa, as mulheres que tinham parido ficavam com as filhas e entregavam os filhos para os Guacaris… De qualquer forma, quando se pronuncia Amazónia, não se pode deixar de pensar em muiraquitãs e em mulheres guerreiras…

Era no Lago Verde que as Amazonas faziam seus muiraquitãs

Motivos semelhantes levam esse grande contingente populacional a se deslocar para Alter-do-Chão, uma vila turística localizada na margem direita do rio Tapajós e ligada por via rodoviária à cidade de Santarém.

O rio Tapajós possui características únicas entre os afluentes do Amazonas – suas águas são cristalinas – e, em frente à vila, com a descida das suas águas durante o verão, surge uma lagoa cor de esmeralda cercada por bancos de areia branca apropriadamente denominada de “Lago Verde”. O Lago Verde, também chamado de Lago dos Muiraquitãs, era ponto de passagem obrigatório das índias Amazonas.

Referência: Amazonas foi o nome dado às mulheres guerreiras da Antiguidade que habitavam a Ásia Menor e cuja existência alguns historiadores consideravam um mito. Segundo a lenda, elas removiam um dos seios para melhor envergar o arco, deixando o outro para amamentar seus rebentos, que, se nascessem do sexo masculino, eram impiedosamente sacrificados. Amazonas, aliás, quer dizer sem seios (“mazos”) em grego. No século XVI, essa designação foi dada a mulheres com as mesmas características, cuja existência histórica é discutida e que combaterem os conquistadores espanhóis no baixo-Amazonas.

Na realidade, isso pode ser o efeito do sol penetrando as águas transparentes e iluminando o fundo do lago, rico em nefrita.

Fonte: Portal da Amazônia

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