Publicado no DN, 13 de Dez’ 2009
Por Vanessa Rodrigues, em Manaus
Casas flutuantes são igrejas, bares, restaurantes.Famílias inteiras que mudam de lugar conforme o rio
Num primeiro olhar parecem casas comuns de madeira. Dessas abundantes que se vêem nas margens dos rios da Amazónia, em terra firme, pintadas de cores vivas, como se fossem de bonecas. Algumas são igrejas evangélicas; outras, bares e restaurantes, ou moradas itinerantes que abrigam famílias inteiras.
Muitas têm vasos pendurados, imagens de santos à porta, pequenas canoas aportadas junto à entrada, antenas parabólicas no exterior e crianças a saltar das plataformas para o rio.
Nas traseiras, às vezes, quando anoitece, há famílias a tomar banho, ou a preparar o peixe para o jantar. Lá dentro há apenas duas divisões e redes suspensas em vez de camas.
Dorme-se cedo, porque o breu é maior que a parca luz das velas, que tenta iluminar os gestos das gentes que essas casas guardam. Com sorte, e com algum dinheiro a mais, algumas famílias compram gasolina para o gerador. Para quem o tem, luxo é sinónimo de ver televisão. E aqui, a hora da telenovela é sagrada.
Quando os barcos passam perto e acelerados, os pés sentem uma vibração vinda do chão: é flutuante. Essas pequenas casas frágeis, que têm o rio como vizinho e estrada, embalam-se com a corrente.
É nessas casas de rio, flutuantes, que moram centenas de ribeirinhos da Amazónia. Eles mudam de lugar conforme o nível do rio sobe ou desce. Sobem os metros que forem necessários para ancorar até quando o rio deixar. E nunca sabem quando será.
Num primeiro olhar parecem casas comuns de madeira. Dessas abundantes que se vêem nas margens dos rios da Amazónia, em terra firme, pintadas de cores vivas, como se fossem de bonecas. Algumas são igrejas evangélicas; outras, bares e restaurantes, ou moradas itinerantes que abrigam famílias inteiras.
Muitas têm vasos pendurados, imagens de santos à porta, pequenas canoas aportadas junto à entrada, antenas parabólicas no exterior e crianças a saltar das plataformas para o rio.
Nas traseiras, às vezes, quando anoitece, há famílias a tomar banho, ou a preparar o peixe para o jantar. Lá dentro há apenas duas divisões e redes suspensas em vez de camas.
Dorme-se cedo, porque o breu é maior que a parca luz das velas, que tenta iluminar os gestos das gentes que essas casas guardam. Com sorte, e com algum dinheiro a mais, algumas famílias compram gasolina para o gerador. Para quem o tem, luxo é sinónimo de ver televisão. E aqui, a hora da telenovela é sagrada.
Quando os barcos passam perto e acelerados, os pés sentem uma vibração vinda do chão: é flutuante. Essas pequenas casas frágeis, que têm o rio como vizinho e estrada, embalam-se com a corrente.
É nessas casas de rio, flutuantes, que moram centenas de ribeirinhos da Amazónia. Eles mudam de lugar conforme o nível do rio sobe ou desce. Sobem os metros que forem necessários para ancorar até quando o rio deixar. E nunca sabem quando será.
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