Os pescadores falam dela como um ser gigante que habita os rios da Amazónia para atormentar a vida das comunidades. Falam em redemoinhos, buracos gigantes no meio da água, embarcações enormes que se transformam, monstro das águas amazónicas.
A Cobra grande é uma lenda amazónica que fala de uma cobra colossal, também chamada Boiúna, que cresce de forma desmesurada e ameaçadora, abandonando a floresta e passando a habitar a parte profunda dos rios.
Ao rastejar pela terra firme, deixa sulcos que se transformam em igarapés.
Conta a lenda que a cobra-grande pode transformar-se em embarcações ou outros seres. Aparece em numerosos contos indígenas. Um deles conta que numa tribo indígena da Amazónia, uma índia, grávida da Boiúna, deu à luz a duas crianças gêmeas. Uma delas, má, atacava os barcos, naufragando-os.
Esta história tornou-se célebre no poema Cobra Norato, de Raul Bopp, sendo encenado inclusive, em teatros de vários países. A verdadeira cobra grande: a sucuriju ou sucuri é a temida anaconda da Amazónia: o seu comprimento pode atingir mais de 10 metros. Mata as suas presas por constrição, apertando-as até a morte.
Celebrizada nos filmes de terror, é temida pela população ribeirinha, pois habita as áreas inundáveis e é dotada de grande força, sendo capaz de neutralizar qualquer tentativa de defesa da vítima.
Fonte: Portal da Amazônia
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